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A volta de 360º

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A volta de 360º

Ideias

2025-01-11 às 06h00

Sandra Cerqueira Sandra Cerqueira

É comum as pessoas se referirem a “uma volta de 360º”, quando se referem a grandes mudanças na vida. Ainda que haja interpretações díspares sobre o significado contraditório desta frase, vou apossar-me dela para partilhar consigo a jornada que nos permitiu, não chegar ao ponto de partida, mas a voltar com resultados totalmente diferentes àqueles com que partimos e nesse sentido uma grande mudança na nossa jornada.
Se em 2013, partimos com uma frota exclusivamente movida a combustível fóssil, 12 anos volvidos, e em fase final de mandato, teremos mais de 70% da frota renovada e movida a zero emissões ou baixas emissões de carbono. E, se em 2013, a operação exigia 95 viaturas em circulação, hoje a operação conta com 125 viaturas no seu pico de utilização diária. Este crescimento no número de viaturas afetas à operação tem permitido um substancial aumento de quilómetros percorridos ao serviço do transporte público coletivo de passageiros no concelho de Braga, tendo atingido, em 2024, o maior número de sempre na história dos Transportes Urbanos de Braga, ao alcançar 6,59 milhões de quilómetros. Fazendo um comparativo com 2013, estamos a falar de um crescimento de 26% e comparativamente a 2023, um aumento de 5,5%.
Esta injeção de mais meios na operação tem reflexo claro no aumento da procura e no consequente crescimento de passageiros transportados porque claramente dá resposta às necessidades de mobilidade dos cidadãos que se deparam com uma oferta reforçada, uma operação com melhores condições de conforto, melhores condições de regularidade e frequência. Tanto assim é que, em 2024, terminamos o ano com mais de 13,9 milhões de passageiros transportados, um crescimento acima de 9% quando comparado com o ano anterior e cerca de 36% comparativamente a 2013.
Considerando a transferência modal obtida naturalmente com este aumento da procura, continuamos com a preocupação de substituir a matriz energética baseada em combustíveis fósseis por uma baseada em fontes de energia renováveis. Com satisfação registamos que 60% dos quilómetros acima mencionados são já percorridos com uma frota limpa, e que metade destes são já percorridos em modo 100% elétrico. Com igual satisfação olhamos para os mais de 2,4 milhões de litros de combustível fóssil não queimado como um enorme ganho ambiental e um enorme ganho para a qualidade de vida e bem-estar dos bracarenses.
Com o último aviso lançado para a descarbonização dos transportes públicos, lançado em abril do ano transato pelo Fundo Ambiental, demonstramos, uma vez mais, coragem e ambição, candidatando um novo e 4º projeto de investimento de 38 viaturas 100% elétricas, e respetivas infraestruturas de carregamento, para um máximo de apoio elegível que ascende a 12 milhões de euros e um investimento total, sem IVA, de mais de 20 milhões de euros. Considero importante referir que dos 45 milhões de euros disponíveis no aviso, apenas duas empresas obtiveram o máximo do financiamento elegível, consumido cerca de 24 milhões do total do aviso. Importa também aludir ao facto de a escala ter aqui muita relevância na avaliação do mérito da candidatura, pois no caso dos TUB as 38 viaturas representam um total de emissões anuais evitadas em 3.098,73 tonCO2eq e uma redução média anual de consumo de energia primária de 80,90%.
Caminhamos para 2025 com uma frota de veículos limpos, dos 4 projetos de investimento realizados, composta por 106 novos autocarros a zero emissões ou baixas emissões de carbono. Isto representa 85% da frota útil em operação, com melhor performance ambiental e mais eficientes do ponto de vista energético a prestar um serviço público essencial. Os restantes 15%, uma parcela residual de veículos movidos a fontes fósseis.
Assim, conseguimos antecipar as metas traçadas no nosso Plano Estratégico e Sustentabilidade para 2030, quer no número de veículos zero emissões em circulação (70%) quer na redução das emissões de CO2, em mais de 60%. Em 12 anos, representa um investimento direto na frota e nas infraestruturas de carregamento e abastecimento de mais de 55 milhões de euros.
Portanto, uma volta de 360º, ou melhor, uma expressiva mudança.

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