Entramos, finalmente, na Primavera, apesar das temperaturas e o tempo ainda não a acompanharem. Por estes dias, para além da chegada de tal estação do ano, movimenta-se a sociedade civil e política para as eleições autárquicas que se avizinham, em Setembro/Outubro deste ano, dando aos órgãos de comunicação social muita matéria para cobrir.
Por um lado temos os partidos políticos, organizados a discutir, decidir e validar quem concorre para o município; para as assembleias municipais e assembleias de freguesia, sendo essas escolhas sempre alvo de análises profundas de quem gosta de se debruçar sobre estas matérias.

Por outro lado vemos, cada vez mais, movimentos de cidadãos que livre e espontaneamente se prontificam a dar o seu melhor pela sua terra. Estranhamente, ou talvez não, muitos destes movimentos acabam por ter acolhimento do espectro político-partidário tornando a sua “máquina” bem mais fácil de olear.

Importa realçar que tudo isto advém de uma conquista de Abril de 1974! Infelizmente constatamos que nem sempre as Juntas de Freguesia são valorizadas pelo poder central que, na sua teimosia centralista, castra estas entidades de recursos financeiros para poderem, melhor e com maior celeridade, ajudar as pessoas da sua área. Mais do que discussões entre candidatos importa centrar a discussão no papel do poder local: sejam eles municípios ou freguesias! São estes os pilares essenciais do desenvolvimento e melhoramento da qualidade da nossa democracia e não podem ser vítimas de um centralismo que, em pleno século XXI, já não se usa.