Para reflexão...
Voz à Saúde
2022-06-02 às 06h00
Oano de 2020 trouxe-nos mudanças significativas relativamente à forma como comunicamos com os outros. A pandemia e todo o processo de conhecimento do novo coronavírus SARS-CoV-2, implicou a alteração de rotinas e hábitos que faziam parte do nosso dia-a-dia.
A inevitabilidade da distância, do confinamento e do isolamento trouxe consigo a perda de alguns costumes e hábitos que nos aproximavam dos outros e que potenciava o contacto pessoal.
Assim, a comunicação direta e presencial foi fortemente afetada pela imposição da distância, com máscaras que impossibilitavam a comunicação de um rosto, onde os olhos passaram a ser a ponte de comunicação não verbal mais direta.
As tecnologias foram-nos aproximando (e ainda bem), mas não substituíram de todo a comunicação cara a cara, onde a presença traz consigo a força das emoções, a possibilidade de nos interligarmos mais rapidamente com o outro. Um ecrã nunca poderá compensar a importância das reais ligações humanas.
A verdade é que o tempo foi passando e quando a vida regressou à aparente “ normalidade” as pessoas mudaram os seus comportamentos de relação interpessoal. Os receios e as dúvidas ainda instalados bloquearam algumas das nossas emoções e, por exemplo, o cumprimentar com o braço, ou até nem cumprimentar, foi alimentando este afastamento presencial exigida pela pandemia.
Mais de dois anos depois já se sente alguma liberdade na forma como nos expressamos com os outros, mas o que adquirimos da experiência vivida do confinamento e das regras impostas para bem de todos ainda se sentem no nosso dia-a-dia.
Como se as pessoas tivessem ficado desajeitadas na comunicação presencial, na clara sensação de uma maior frieza na forma como lidamos com os outros.
Este afastamento interpessoal pode ser uma ótima oportunidade para evoluirmos mais um pouco.
É importante percebermos que podemos continuar a ter cuidados redobrados em altura de pandemia, mas que isso não impossibilita de estarmos mais disponíveis para o outro.
Assusta-me pensar que a pandemia nos possa ter tirado a empatia pelos que nos rodeiam, isso seria fatal para a criação de ligações humanas cada vez mais presentes, onde a comunicação surge como um elemento que nos aproxima.
Devemos reaprender a comunicar presencialmente. Somos fruto daquilo que também damos aos outros. Não fazemos nada sozinhos.
Saber comunicar presencialmente é fundamental em qualquer das área nossas vidas e, muitas vezes, é a comunicação que salva e que nos consciencializa de qual o seu poder.
A comunicação presencial é um grande desafio e apenas com envolvimento e motivação conseguiremos atingir os resultados a que nos propomos, mas não nos podemos esquecer que isso só acontece com as boas emoções e com as pessoas. Nada substitui as pessoas.
28 Junho 2022
07 Junho 2022
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