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Voz às Bibliotecas
2022-01-06 às 06h00
Comemorou-se no passado dia 4 de Janeiro o Dia Mundial do Braille que todos os anos, desde Novembro de 2018, a Assembleia Geral da ONU decidiu celebrar. Nesse dia, do ano de 1809, nascia o francês Louis Braille criador do sistema de leitura e de escrita para cegos que durante mais de dois séculos foi o único meio utilizado para o acesso à informação e ao conhecimento por parte dos deficientes visuais.
Louis Braille perdeu a visão ainda criança num acidente quando brincava na oficina do seu pai. Feriu-se gravemente num olho e a infecção que contraiu acabou por se alastrar ao outro olho provocando-lhe a cegueira completa. Para ultrapassar as adversidades causadas por essa situação, criou um sistema de leitura e escrita tátil para cegos, o alfabeto Braille, nome por que ficou conhecido. Este sistema consiste na representação de letras, símbolos musicais, números e símbolos matemáticos através de pontos visíveis por minúsculas protuberâncias palpáveis marcadas em papel ou outro material, chamadas de pontos levantados, que podem ser lidos pelo tato. Cada carácter é representado por um conjunto de seis pontos, dispostos em duas colunas de três. Divulgado por volta de 1837 e praticamente inalterado desde a sua criação até aos dias de hoje, este sistema é usado em todo o mundo contribuindo de forma decisiva para facultar o acesso à cultura e ao conhecimento às pessoas cegas ou com baixa visão, pois, permite não só ler mas também escrever. A escrita realiza-se por intermédio de pranchas em que o papel é colocado entre elas sendo a prancha superior perfurada com seis orifícios que permitem o uso de um estilete para marcar o ponto ou sinal que o escritor pretende assinalar. Este sistema de leitura e de escrita veio assim universalizar a comunicação com invisuais e pessoas com baixa visão facilitando o procedimento mais básico de transmissão da informação e o processo criativo associado à escrita.
O dia a dia destas pessoas ficou assim mais facilitado, passando a existir máquinas de escrever para a produção de textos em braille e computadores com software que transformam um comando de voz em texto adaptado para impressão em braille. Também já aqui dissemos que as bibliotecas públicas nos dias de hoje assumem preocupações que vão ao encontro da satisfação dos seus utilizadores mesmo quando neles se incluem pessoas com este tipo de necessidades, pois, o objectivo é ultrapassar a barreira da descriminação e, também, o de facilitar o acesso a qualquer tipo de informação de modo a garantir os ideais de inclusão e de igualdade de oportunidades para todos. Daí, a existência em muitas delas de um serviço vocacionado para satisfazer este tipo de necessidades como é o caso do Serviço de Leitura Especial da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo que dispõe de um acervo de obras em braille para empréstimo aos seus invisuais ou serviços que o solicitem, produzindo mensalmente, também em braille, a Agenda Cultural do Município.
Reduzir as barreiras de acesso à informação e facilitar a leitura permitindo aos deficientes visuais usufruir na plenitude da biblioteca da sua região são pressupostos presentes nas actuais bibliotecas púbicas que, mesmo não dispondo de um serviço específico, deverão socorrer-se de livros em formatos legíveis por esses utilizadores através do empréstimo, estabelecendo para isso parcerias ou protocolos com quem os possui e pode contribuir para um melhor aproveitamento e rentabilização dos recursos existentes.
12 Maio 2022
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