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Ideias
2023-12-16 às 06h00
Guimarães é um território onde a História e a contemporaneidade se cruzam. Aqui, na Cidade Berço da Nacionalidade, alimenta-se memória e produz-se memória futura, onde a consciência cívica dos cidadãos não pode ser um conceito vão, mas uma prática e um compromisso de continuidade como garante de futuro.
Contribuir para o bem comum é desempenharmos bem o trabalho que nos corresponde, seja ele qual for. É fundamental cuidar das pessoas que interagem connosco, que trabalharam num passado recente na defesa da causa vimaranense, do território, das freguesias e vilas de Guimarães.
A partilha de experiências faz-nos crescer e construir um percurso com abnegação, altruísmo, solidariedade e espírito de missão. As pessoas e as instituições necessitam de ter memória para saberem quem são e (re)conhecerem a sua identidade.
A vontade de servir os outros é, pois, um dos serviços públicos mais nobres da vida em sociedade. O sentimento de pertença e o fomento da participação cívica e coletiva são requisitos determinantes para quem tem por missão servir as nossas pessoas e trabalhar para uma boa sociedade.
Neste dia 13 de dezembro, data da classificação da UNESCO, a propósito do 22º aniversário da elevação do Centro Histórico a Património da Humanidade, conversei ao almoço com os ex-Presidentes de Câmara António Magalhães (PS) e António Xavier (PSD), bem como com uma antiga Presidente de Junta, uma referência na Vila de Pevidém: Balbina Pimenta (CDU).
Todos de partidos opostos, mas todos focados nas pessoas, acima de tudo, nas pessoas! E todos sabiam as qualidades de cada um – e o que cada um marcou no seu tempo e qual a sua área de maior sabedoria. A política tem de ter esta dimensão, porque o que une os Vimaranenses será sempre maior do que aquilo que os separa.
Entre tantos assuntos, contaram-se histórias que nos fizeram sair do (re)encontro de “coração cheio”, como mencionou, no final, Balbina Pimenta, a autarca que não queria ser política, mas que conquistou duas maiorias absolutas. António Magalhães, de boa saúde, dedica-se agora aos três netos, cuja alegria se reflete no rosto quando se refere ao Lourenço, à Maria Amália ou à Matilde. “Até o Cavaco se dava bem comigo…”, brincou, durante a conversa.
António Xavier, por seu lado, recordou o momento em que entrou pela primeira vez em Santa Clara, após ter ganho as eleições. “Estive meia hora à espera na entrada da Câmara para saber onde seria o meu gabinete! Como não vinha ninguém ter comigo, estive para vir embora…”, contou, entre sonoras gargalhadas.
Com a composição do seu Executivo, lembra que não havia perdas de tempo no debate político. Inesquecíveis eram as reuniões de Câmara onde predominava o refinado humor de António Castro (PS) e Joaquim Cosme (CDS/PP) na dialética política.
Numa tertúlia em jeito de memória, falou-se de Jorge Sampaio e de Francisca Abreu. E do legado e importância que tiveram para Guimarães. “A roupa do evento que encerrou a CEC 2012 foi produzida no projeto social ‘Vestir de Novo’, em Pevidém”, disse, sorridente, Balbina Pimenta.
Pelo seu passado histórico, pela carga simbólica que se lhe atribui, Guimarães tem de cuidar do seu património. Físico, humano e social. A experiência deve ser encarada como um documento vivo a preservar, como uma bússola que nos orienta na vida, como um guião que nos indica o caminho certo a seguir, como uma referência de vida para as gerações mais novas. Como um olhar que fala…
A sociedade precisa dos ensinamentos de quem conhece solo concelhio e de quem esteve ao lado dos vimaranenses nestas últimas décadas, construindo um território de excelência e contribuindo para o bem-estar e a felicidade da sua comunidade.
Obrigado a todos pelas maravilhosas lições de vida que nos encheram o coração. E que nos impulsionam a abraçar novos desafios.
13 Maio 2025
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