Correio do Minho

Braga, sábado

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A educação artística

Os nomes que me chamaram

Voz às Escolas

2010-12-15 às 06h00

Maria da Graça Moura Maria da Graça Moura

Num tempo em que o mundo se confronta com fenómenos sociais, educacionais, políticos, religiosos e económicos complexos, é urgente encontrar formas adequadas de intervenção alargada e criar condições para minimizar os conflitos e o sofrimento humano.

Sendo a Escola o lugar institucional mais apropriado para realizar a educação formal das novas gerações numa perspectiva de efectivo sucesso educativo, vê-se condenada a repensar nas finalidades a atingir, nos recursos a disponibilizar, nas formas organizativas a assumir e nos processos a privilegiar.

Para reforçar este sentido, Fregtman diz que “Educar” é desenvolver um sistema sensível, em harmonia com outros sistemas mais amplos que o contém; é desenvolver um processo holístico de transformação em sintonia com o grande processo da vida. “educar“ é uma arte. A arte de criar uma pessoa íntegra (Fregtman, 1995).

Neste contexto, a educação artística, no currículo da educação básica, pode desenvolver um papel fulcral, respondendo ao repto do desenvolvimento, da criatividade, da inovação e ao chamamento da educação para a cidadania, para os valores e o diálogo intercultural. De facto, se queremos responder às crises sociais e planetárias do nosso tempo, as literacias, todas elas, sem minimizar nenhuma linguagem verbal ou não verbal, têm um papel preponderante no seio da oferta curricular.

Mais do que uma questão de tempos lectivos, a valorização da educação artística no nível básico implica o reforço do estatuto das disciplinas artísticas, de modo a garantir o seu contributo para a formação global do aluno e o seu justo reconhecimento enquanto disciplinas estruturantes do crescimento humano.

Através dos processos artísticos de aprendizagem, os alunos desenvolvem capacidades únicas e essenciais para a formação da sua identidade, nomeadamente capacidades de reflexão crítica, imaginação e criatividade.

Estimulam os estudos interdisciplinares, a tomada de decisões participativa e motivam-nos para uma aprendizagem activa.
A Escola André Soares, sede do AEAS, desde 2001 que integrou na sua oferta educativa as disciplinas de Dança e Oficina de Teatro em desdobramento com a Educação Tecnológica. São disciplinas de organização semestral, não tendo por objectivo formar especialistas em arte (actores, dançarinos, pintores, músicos), mas proceder a uma iniciação à arte para que os alunos possam encontrar nela novas formas de construção, afirmação e expressão da sua identidade pessoal e social. Entendemos que, deste modo, estamos a contribuir para desenvolver um tipo de aprendizagem holística, promotora de todas as dimensões do ser dos(as) aluno(as).

Esta oportunidade enriquecedora tem proporcionado aos alunos um avanço no seu processo de crescimento pessoal, intelectual, emocional, artístico e estético e é a garantia para o desenvolvimento de uma população mais culta, mais sensível e mais exigente, mais capaz de se entender a si própria e ao seu papel no mundo, e mais habilitada para estabelecer ligações transversais a todas as áreas do conhecimento.
A arte tem esta capacidade. Basta dar-lhe uma oportunidade!

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