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A biblioteca pública do ano fica em Pequim

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A biblioteca pública do ano fica em Pequim

Voz às Bibliotecas

2024-10-17 às 06h00

Rui A. Faria Viana Rui A. Faria Viana

No passado dia 7 de outubro, a Biblioteca de Tongzhou, uma filial da Biblioteca da capital da China, recebeu o prestigiado prémio «Public Library of the Year» 2024, atribuído pela IFLA – Federação Internacional de Associações e Instituições com o patrocínio da Baker & Taylor.
Projetada pelos arquitetos Snøhetta (Noruega) e ECADI (China) é um espaço de 75.000 metros quadrados que abriu portas em 2023 e se distingue pelas suas soluções sustentáveis e inovadoras. Para além dos recursos que disponibiliza, caracteriza-se por ser um centro comunitário multifuncional, tendo o presidente do júri, Jakob Guillois Lærkes, explicado assim as razões de tal galardão: «A Biblioteca de Pequim se destaca como um paraíso vibrante e convidativo para livros, com tantas coisas a oferecer, bem como soluções sustentáveis impressionantes dentro do edifício. O júri ficou particularmente impressionado com a forma como as pessoas, os livros e a natureza estão conectados em todo o design e programação do edifício. Ela realmente se destaca como um ótimo exemplo de uma biblioteca para o futuro». Este ano, concorreram ao prémio 16 bibliotecas de 10 países. Das quatro finalistas (Biblioteca e Galeria Yellamundie, no Liverpool Civic Palace, na Austrália; Biblioteca de Shenzhen Norte, na China; Biblioteca pública do condado de Kaunas, na Lituânia e Biblioteca de Pequim, na China), a vencedora foi anunciada no «Encontro Internacional de Bibliotecas: Cultura, Conhecimento e Comunidade» que se realizou em Barcelona, Espanha.
Este prémio, no valor de USD 5.000, é atribuído pela IFLA (International Federation of Library Associations and Institutions), associação não-governamental sem fins lucrativos que tem como objetivo a promoção da “causa dos bibliotecários”. A sua função básica é incentivar, patrocinar e promover a cooperação internacional, o debate e a investigação em todos os campos da atividade bibliotecária e partilhar as suas descobertas com a comunidade como um todo, para o desenvolvimento da biblioteconomia. Fundada em Edimburgo, Escócia, em 1927, quando associações de bibliotecas de 14 países europeus e os Estados Unidos assinaram uma resolução, na celebração do 50 º aniversário da Associação de Bibliotecas do Reino Unido, Isak Collijn, diretor da Biblioteca Nacional da Suécia, foi eleito o primeiro presidente. Atualmente a IFLA conta com 1.600 membros em cerca de 150 países e está sediada na Biblioteca Nacional da Holanda, em Haia.
O prémio «Public Library of the Year» é concedido a uma biblioteca, de qualquer lugar do mundo, e, para ser elegí-vel, nesta edição 2024, teve de ser construída ou estar localizada em edifício remodelado e que não tenha sido usado anteriormente como biblioteca e inaugurada entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2023.
Os critérios de avaliação divulgados, a analisar por um júri internacional, deviam respeitar: Interação e envolvimento com a cultura local (como a arquitetura reflete – ou considera – a cultura local da comunidade e como proporciona visibilidade na paisagem urbana, interação com edifícios e espaços abertos envolventes); Qualidade arquitetónica (como o conceito arquitetónico é implementado e projetado em diferentes escalas dentro do edifício); Flexibilidade (como os espaços da biblioteca são concebidos e organizados para inspirar atividades dos próprios utilizadores e apoiar novas atividades e sinergias entre vários espaços do edifício); Sustentabilidade (como os princípios de sustentabilidade foram incorporados na conceção e funcionamento da biblioteca, tais como redução das quantidades de recursos utilizados, utilização de materiais locais no processo de construção, utilização de recursos energéticos renováveis ou da minimização dos custos de manutenção, entre outros); Aprendizagem e ligação social (como a biblioteca oferece uma diversidade de caminhos para a educação e como apoia o desenvolvimento de necessidades individuais, sociais, culturais e económicas. Como é que a biblioteca apela a diferentes grupos demográficos e etários e incentiva diferentes formatos de aprendizagem ou cocriação); Digitalização e soluções técnicas (como a comunicação digital e a acessibilidade do conteúdo da biblioteca são integradas no espaço da biblioteca, utilizando métodos que incluem tecnologias móveis), e, Como a biblioteca reflete os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e a Estratégia da IFLA.

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