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26.ª Conferência Mundial na área da sobredotação, em Braga!

Finalmente férias!

26.ª Conferência Mundial na área da sobredotação, em Braga!

Escreve quem sabe

2025-06-17 às 06h00

Cristina Palhares Cristina Palhares

Tal como nos quatro anteriores artigos, continuo a apresentação dos especialistas que vão estar em Braga. De 29 de julho a 2 de agosto de 2025, a ANEIS (Associação Nacional para o Estudo e Intervenção na Sobredotação) tem a honra de acolher a 26ª Conferência Mundial do WCGTC (World Council for Gifted and Talented Children), sob o tema "O Poder da Educação para Sobredotados e do Desenvolvimento de Talentos num Mundo em Mudança". É uma oportunidade única para a troca de conhecimentos e experiências inovadoras neste campo tão importante da educação. Nos quatro meses anteriores, apresentei quatro oradores principais: David Dai, PhD, que irá promover uma discussão sobre o futuro da educação para sobredotados, redefinindo os nossos objetivos e propósitos na era da I.A.; Denise Fleith, PhD, com a criação de modelos e programas educativos que procuram identificar e potencializar o talento destes alunos, proporcionando-lhes um ambiente de aprendizagem que estimule a criatividade e o desenvolvimento cognitivo. Jae Yup Jung, PhD, com pesquisas e implicações práticas para o futuro, incluindo um esboço de estratégias de atitudes mais favoráveis ??em relação a alunos sobredotados, algo que sabemos tão bem como nos tem sido difícil vivenciar nas escolas portuguesas. Manabu Sumida, PhD, professor na Faculdade de Educação da Universidade Ehime, Japão, fundador e diretor da Kids Academy, um programa especial de STEAM para crianças sobredotadas. Hoje, Karine Verschueren, PhD, uma referência incontornável na investigação sobre o papel das relações sociais no desenvolvimento do talento académico. É Professora catedrática na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da KU?Leuven, na Bélgica, e lidera o reconhecido projeto longitudinal TALENT, que estuda como o envolvimento académico, a motivação e o bem-estar dos jovens são influenciados pelos laços que estabelecem com professores, colegas e familiares. A sua conferência, intitulada “Social Relationships as Contexts for Academic Talent Development” (as relações sociais como contextos para o desenvolvimento de talentos académicos), apresenta argumentos sólidos de que a transformação de potencial em desempenho não depende apenas das competências individuais, mas também da qualidade das interações com estes nossos alunos. E tanto tenho escrito e refletido sobre isto: na qualidade das relações que estabelecemos com os nossos alunos. Desde a relação de vinculação com os professores, à aceitação entre pares e ao apoio familiar, todos estes fatores moldam o percurso escolar. Um dos exemplos mais marcantes do seu trabalho é a criação de intervenções colaborativas nas escolas belgas, onde professores e psicólogos desenham estratégias para reforçar o sentimento de pertença dos alunos mais dotados, muitas vezes isolados social ou emocionalmente. Isto inclui a constituição de pequenos grupos de mentoria, horários mais flexíveis e projetos interdisciplinares em que os jovens possam explorar os seus interesses com colegas que partilhem níveis semelhantes de motivação. Este tipo de abordagem tem eco também nas escolas portuguesas, onde continuamos a observar casos em que alunos com altas capacidades não conseguem mostrar o seu verdadeiro potencial por falta de estímulo adequado ou de apoio emocional. É frequente encontrarmos, mesmo em contextos bem intencionados, alunos que se sentem deslocados, incompreendidos ou até ridicularizados por expressarem os seus interesses e capacidades de forma diferente. Reconhecer que o talento também precisa de um “solo fértil” – feito de relações humanas positivas e empáticas – é um passo fundamental para uma escola mais justa e inclusiva. Continua o convite a todos os educadores, pais e interessados nesta área a juntarem-se a nós em Braga, de 29 de julho a 2 de agosto, para refletirmos juntos sobre como podemos construir uma escola mais inspiradora, inclusiva e atenta ao desenvolvimento pleno de todas as crianças e jovens. A ANEIS tem trabalhado incansavelmente para promover uma educação inclusiva que atenda às necessidades de todas as crianças, incluindo aquelas com altas capacidades e sobredotação. Acreditamos firmemente que cada criança e jovem merece a oportunidade de desenvolver o seu potencial ao máximo! Aguardamos ansiosamente por ouvi-la!




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