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2019-02-14 às 06h00
Especialista apelou à importância de combater comportamentos de risco e do diagnóstico precoce. Abordou a complexidade dos vários tipos de cancro, dos tratamentos e indicou que “não haverá uma cura”, preferindo falar em doença crónica.
Desmistificar a palavra cancro, explanando o seu significado, desde a sua origem até ao tratamento. Foi com este propósito que médico e cientista Sobrinho Simões protagonizou, ontem, uma conferência no Colégio João Paulo II, em Dume.
Foi perante uma plateia jovem que um dois maiores especialistas da área, sobretudo no Cancro da Tiróride, falou sobre a doença na sua perspectiva mais lata, assim como os diferentes subtipos de cancro e respectivo tratamento de uma forma mais incisiva.
A juventude da plateia conduziu o convidado para uma área que se torna fundamental para a sobrevida dos pacientes oncológicos, sobretudo em idades mais precoces: a prevenção. “As pessoas têm de perceber que há comportamentos que acarretam riscos. Não devem fumar, devem combater a obesidade e o sedentarismo, ter cuidado com o sol para, de alguma maneira, diminuir os riscos do cancro, sobretudo nas pessoas novas”, avança o médico, chamando a esta a prevenção primária.
O diagnóstico precoce, que apelida de prevenção secundária, torna-se também um factor fundamental quando falamos de uma doença complexa como o cancro. Nesse sentido, os rastreios são parte fundamental para que hoje se obtenham taxas de sobrevida elevadas e se passe a olhar para “os cancros” como doenças crónicas.
Apontando o cancro como “uma doença nossa”, o médico diz que o risco de a desenvolvermos aumenta com a idade, mas que se apresenta cada vez mais como uma doença crónica. “Qualquer dia toda a gente terá pelo menos um cancro na vida”, avança o médico.
E se em idades mais avançadas, e nos casos de cancros mais “pequeninos”, defenda que não se deva intervir sob o risco de fazer “estupidezes dado a pessoa vai morrer de outra coisa”, Sobrinho Simões diz que é nas idades mais jovens onde se deve ter mais atenção, não só na prevenção, como no tratamento. “Como é uma doença nossa, é muito difícil de se tratada quando está numa fase avançada. Não é fácil arranjar medicamentos para tratar uma coisa que é nossa”, continua o patologista.
É na prevenção, concretamente nos rastreios, que, de acordo com o médico, se deve apostar. “Temos evoluído nesse âmbito, mas muito por iniciativa pessoal e não de uma estrutura organizada e planificada do Estado e/ou das diferentes instituições. Isso é um problema. E não é só fazer um diagnóstico precoce. Depois é preciso tratar”.
Quanto a uma cura, Sobrinho Simões é peremptório: “não haverá uma cura”. O facto de haver diferentes tipos de cancro e em órgãos onde é mais fácil ou difícil tratar, faz com que o médico encare a palavra cura como “perigosa”. Sobrinho Simões prefere falar da taxa de sobrevivência que atinge os 60%, facto que torna o cancro não uma doença fatal, mas uma doença crónica.
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