Correio do Minho

Braga, terça-feira

- +
Reitor da UMinho alerta para cenário de crise no ensino superior
‘Março com Sabores do Mar’ com exposição em Esposende

Reitor da UMinho alerta para cenário de crise no ensino superior

Maria da fonte venceu a Oliveirense por três bolas a uma

Reitor da UMinho alerta para cenário de crise no ensino superior

Ensino

2019-02-19 às 06h00

José Paulo Silva José Paulo Silva

Rui Vieira de Castro apontou ontem algumas “ameaças” ao sistema de ensino superior. No aniversário da Universidade do Minho, reitor defendeu financiamento estável e plurianual.

Citação

Um “cenário de enorme instabilidade que torna as universidades e a sua gestão um foco de tensão” obriga, em ano de eleições legislativas, a “perguntar se há ou não disponibilidade para se assumir e respeitar um compromisso estável e de natureza plurianual” com as instituições de ensino superior. Sem a habitual presença de representantes do Governo, o reitor Rui Vieira de Castro aproveitou, ontem, a sessão solene do 45.º aniversário da Universidade do Minho para lançar o desafio aos “diversos actores e grupos políticos” no sentido de “um compromisso que seja sensível ao enorme impacto social, económico e cultural que as instituições universitárias têm”, o qual se deve traduzir “numa revisão da lei de financiamento que se adeque à realidade”.

No caso da Universidade do Minho, Vieira de Castro alertou que “o orçamento para 2019, que é de cerca de 150 milhões de euros, tem uma estrutura de despesa que prevê 74,8% das despesas com recursos humanos”, sendo que as transferências do Orçamento de Estado cobrem este ano cerca de 75% dos compromissos salariais com recursos humanos permanentes”. Ou seja, os encargos com pessoal “dependem já em cerca de um quarto da capacidade de a Universidade gerar receitas próprias”.
No tradicional discurso do ‘Dia da Universidade”, o reitor assumiu que a instituição “aumentou significativamente o número de alunos nos últimos anos em nome da responsabilidade social que é sua”, sem que o financiamento dos Estado tenha acompanhado essa “evolução”.

Rui Vieira de Casto considerou o subfinanciamento estatal um “risco”, apesar de a Universidade do Minho ter “um desempenho assinalável” no que respeita à capacidade de gerar receitas próprias.
“As receitas oriundas de investigação e desenvolvimento têm, em 2019, no orçamento da Universidade, praticamente o mesmo peso das transferências do Estado”, disse, sublinhando que de acordo com dados da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) o Minho “aparece como a segunda universidade portuguesa com maior capacidade de atracção de financiamento europeu”.

No entanto, “a dependência da execução orçamental de reembolsos das agências de financiamento de investigação e desenvolvimento apresenta riscos elevados face ao que são as práticas das referidas agências, que frequentemente diferem os referidos reembolsos”, alertou o reitor, carregando as cores de um “cenário de crise” com as “incertezas” sobre as compensações que serão dadas às universidades portuguesas pelas alte- rações legislativas que têm ocorrido, nomeadamente as que dizem respeito à regularização de vínculos precários, valorização de salários e redução do valor das propinas.

Deixa o teu comentário

Banner publicidade
Banner publicidade

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho