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Póvoa de Lanhoso desperta consciências para a Violência Doméstica
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Póvoa de Lanhoso desperta consciências para a Violência Doméstica

Cávado

2019-02-22 às 14h14

Redacção Redacção

O guia “Da Infância à terceira idade: Intervenção em contextos de violência e crime” foi apresentado pela Vice-presidente do Município, Gabriela Fonseca, tendo a docente universitária, coautora e cocoordenadora da publicação, Madalena Sofia Oliveira, também partilhado alguns aspetos relacionados com o surgimento e a necessidade deste manual.

Citação

O Theatro Club recebeu ontem a apresentação de duas publicações relacionadas com a temática da Violência Doméstica, a pretexto da evocação do Dia Europeu da Vítima de Crime (22 de fevereiro).
“Que este momento sirva para refletirmos sobre este número de casos cada vez maior e sobre estes casos cada vez mais violentos, pois temos de estar atentos a este flagelo que a todos e a todas diz respeito”, sintetizou a Vice-presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Gabriela Fonseca, no final desta apresentação, perante uma plateia composta por representantes de entidades ligadas às áreas social e educativa, de jovens em idade escolar e de seniores. “Como crime público que a violência doméstica é desde 2000, é responsabilidade de todos e de todas meter a colher entre marido e mulher”, considerou.
Depois de lembrar a estatística que se regista no país, Gabriela Fonseca, reportou-se ao concelho da Póvoa de Lanhoso, para revelar o número de casos de violência doméstica acompanhados pelo SIGO – Serviço de Promoção da Igualdade de Género, resposta específica da Autarquia Povoense para o apoio a vítimas de violência nas relações de intimidade: 33 situações em 2011; 69 em 2012; 86 em 2013; 75 em 2014; 77 em 2015, 73 em 2016, 62 em 2017; e 34 em 2018. Na maior parte destes casos, a mulher é a vítima. Este ano, segundo revelou, o SIGO já abriu sete novos casos de violência doméstica, com seis alegadas vítimas do sexo feminino. 
O guia “Da Infância à terceira idade: Intervenção em contextos de violência e crime” foi apresentado pela Vice-presidente do Município, Gabriela Fonseca, tendo a docente universitária, coautora e cocoordenadora da publicação, Madalena Sofia Oliveira, também partilhado alguns aspetos relacionados com o surgimento e a necessidade deste manual. Este guia prático é de fácil consulta e está estruturado em três partes: uma que aborda, por exemplo, as técnicas de entrevista de testemunhas e vítimas e os procedimentos fundamentais nas investigações e avaliações forenses; a prevenção por equipas multidisciplinares; o papel dos e das profissionais de saúde na deteção de situações de abuso sexual; a investigação e a intervenção das forças e serviços de segurança na promoção e proteção dos direitos das crianças; uma segunda parte, em que se centra na idade adulta, com a importância do apoio psicossocial a familiares e vítimas de violência doméstica; na Avaliação do Risco de Violência e nos modelos e procedimentos para acolhimento de mulheres vítimas de violência em casa abrigo, com estratégias de intervenção; e a terceira parte aborda temas menos explorados, que fazem parte do processo de reconhecimento das infraestruturas e profissionais diferenciados que atuam neste domínio.
A apresentação do livro “Sou + Eu” ficou a cargo da Diretora de Departamento de Qualificação e Desenvolvimento Social da Sol do Ave - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do Ave, Marta Coutada, que assina o prefácio do mesmo e que colocou a tónica na leitura de alguns testemunhos de vítimas, os quais fazem parte deste livro. Esta publicação é um dos resultados do projeto cofinanciado pela CIG, no âmbito do programa POISE e Portugal 2020 e promovido pela Sol do Ave - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Vale do Ave, que o Município da Póvoa de Lanhoso integrou, razão pela qual integra histórias reais de mulheres e homens do concelho da Póvoa de Lanhoso, pessoas acompanhadas pelo SIGO. Um dos testemunhos apresentados nesta iniciativa e dos mais marcantes foi a de um idoso que teve de fugir de casa, a meio da noite, levando com ele apenas o cartão de cidadão, para pedir ajuda e assim fugir à violência exercida pelo filho. 

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