Luís Pedro Martins: “Turismo é um sector resiliente, que recuperou muito rapidamente”
2019-10-13 às 11h00
António Coimbra apresentou, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, o seu 5.º livro: ‘Quem matou Beatriz Qz?’. Autor espera que a obra seja “uma pedra no charco” e alerta para situação das prostitutas.
‘Quem matou Beatriz Qz?’, o novo livro de António Coimbra, foi apresentado ontem, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. É o 5.º livro do autor, que ao longo de um enredo policial alerta para “um problema social que neste país parece escapar hipocritamente a quem de direito”: a prostituição e a necessidade de a legalizar como profissão.
O autor assume que este livro pretende ser “uma pedrada no charco”, alertando para “a hipocrisia” que existe sobre a prostituição: “O livro é um policial e eu resolvi integrar as acompanhantes de luxo no enredo porque ouvi um dirigente político dizer que a prostituição, em Portugal, era irrelevante. Mas, não é irrelevante. O livro prova que não o é. O livro e a investigação que eu fiz para o escrever”, refere o autor.
Durante dois anos, António Coimbra pesquisou sobre o tema e encontrou uma realidade que não pode ser ignorada: não existe uma zona, um bairro, de Braga onde não exista uma mulher a oferecer serviços sexuais a troco de dinheiro.
“Comecei a contar, nos sites da internet, as mulheres que oferecem esses serviços e, só em Braga, já ia em mais de 600... Isto não é irrelevante!”., afirmou, sublinhando que não é a favor da prostituição. “Mas, uma vez que ela existe e é um facto, é preciso admiti-lo e criar condições para que essas mulheres vivam pelo menos uma situação mais confortável. Se a prostituição for legalizada, isso dá-lhes acesso a assistência social, por exemplo. É preciso encarar o problema e deixar de ser hipócrita nesta matéria”.
No seu livro ‘O Jardim dos Diamantes’, António Coimbra fez uma homenagem às mulheres. Este novo livro “também não deixa de ser uma homenagem às mulheres. É o colocar em evidência uma situação que, sobretudo, as mulheres vivem”.
A abordagem deste tema levou o escritor a fazer uma investigação profunda, correndo o risco de ser associado “a mais qualquer coisa que nunca existiria”, refere: “Sou daquelas pessoas que têm um conceito de casal muito elevado. Nunca atraiçoaria a minha mulher. Não conheci pessoalmente nenhuma das mulheres com quem falei no decorrer da minha investigação para escrever este livro”, esclarece.
Na obra aborda também o casamento. O livro relata quatro casamentos que se desfazem, chamando, assim, também a atenção para a principal questão que, no entender do autor, leva hoje à ruptura dos casais: a falta de diálogo. António Coimbra, que vive um casamento que vai já nos 43 anos, nota que actualmente as relações se desfazem “por motivos fúteis, pela falta de tolerância, além da falta de diálogo”.
Na BLCS, o livro foi apresentado pelo professor e escritor José Moreira da Silva. A sessão foi ainda abrilhantada com a intervenção musical do Talentítanto, coordenado pela professora Cristiana Gonçalves, e com uma apresentação teatral pelo Teatro Gandulo.
Ao ‘Correio do Minho’, o autor avançou que o sexto livro já está escrito e desvendou que será uma colectânea de contos baseados na bruxarias, contos que ouviu desde criança. “Fiz um apanhado, um estudo também muito aprofundado sobre esta temática e vou trazer para o livro esses acontecimentos que fazem parte da nossa raíz cultural. Foi nesses contos de antigamente, que eram vividos de forma muito forte, que eu fui buscar essa vertente para o próximo livro”, revelou.
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