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Esposende defende-se das cheias com corredor verde

Cávado

2019-07-23 às 06h00

José Paulo Silva José Paulo Silva

Cinco milhões estão a ser investidos no interceptor de Esposende. Linha de defesa contra cheias será também percurso de passeio.

Citação

Imagens dramáticas das cheias que afectaram a cidade em Outubro de 2013 foram ontem recordadas na cerimónia de colocação da primeira pedra da empreitada do sistema interceptor e de desvio da área urbana de Esposende. Cerca de cinco milhões de euros estão a ser investidos na construção de um canal de 4,5 quilómetros em redor da malha urbana para evitar que idênticos episódios se repitam no futuro.
Na presença de Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Transição Energética, o presidente da Câmara Municipal de Esposende,?Benjamim Pereira, considerou aquela obra, “uma das maiores empreitadas sob gestão municipal, mais do que necessária para responder a riscos de inundação na cidade”.

Os trabalhos ontem formalmente iniciados têm um custo de quase 3,2 milhões, a que soma a verba dispendida com a aquisição e expropriação de terrenos.
Até Março de 2020, a cidade de Esposende ficará defendida por um canal interceptor das linhas de água que correm para a zona urbana, canalizando-as para o mar e para o estuário do rio Cávado. Entre a rotunda junto à empresa Solidal até às Marinhas, a Norte, permitirá diminuir, significativamente, o volume de água que aflui ao sistema de drenagem da cidade de Esposende em períodos de grande pluviosidade.
O canal interceptor foi projectado no âmbito do programa “Protecção e Gestão de Riscos, Cheias e Inundações - Construção de um Sistema Interceptor e de Desvio da Área Urbana de Esposende”, acordado entre a Agência Portuguesa do Ambiente e o Município de Esposende.

O presidente da Câmara Municipal afirmou ontem que o canal consitituirá um “cordão verde” que envolverá a cidade de Esposende, já que o projecto foi concebido e desenvolvido de acordo com as boas práticas da engenharia ambiental.
Para o ministro do Ambiente e da Transição Energética, o canal intercepor “é um sulco na paisagem, não é uma ferida”.
Os responsáveis municipais asseguram que fica garantido o acesso dos proprietários às parcelas agrícolas que serão atravessadas pelo canal, sendo que esta é uma questão que será esclarecida em sessões de esclarecimento que a autarquia pretende realizar nos próximos tempos com os interessados.

Ao longo dos quatro quilómetros e meio de extensão do canal interceptor e de desvio da área urbana de Esposende será criado um novo percurso pedonal e ciclável de usufruto público, destacou ontem o presidente da Câmara Municipal, lembrando que, na elaboração do projecto, foi também acautelada a passagem de uma futura estrada variante à cidade.
Benjamim Pereira considerou, no entanto, em declarações aos jornalistas, que aquela via não está na primeira linha de prioridades nem dispõe de financiamento para avançar já.
O edil entende como mais urgente a construção de uma estrada variante de Ofir.

Justificando o investimento público na protecção de riscos de cheias em Esposende, o ministro do Ambiente afirmou, na segunda deslocação ao concelho em menos de uma semana, que “o facto de estarmos na bacia mediterrânica, e isso querer dizer que vamos ter menos água, isso não reduz em nada o risco de acontecimentos climáticos extremos e de as cheias poderem acontecer”.
Pedro Matos Fernandes alertou que “chover menos ao longo não significa que não vamos ter menos de cada vez mais forte de precipitação”.
Se não fosse feito este investimento em “cintar” a cidade de Esposende, “o risco” decorrentes das concentração de pluviosidade seria cada vez maior, disse.

O presidente da Câmara Municipal de Esposende lembrou que a obra do canal foi protocolada com o Governo há três anos e que a sua concretização atrasou-se sobretudo pela dificuldade registada na emissão de declaração de utilidade pública.
O desenvolvimento do projecto foi dificultado também pela necessidade de negociar a aquisição de mais de duas centenas de parcelas de terreno.
Segundo o ministro do Ambiente, “se não fosse este Governo, esta obra não existia, porque o programa de fundos que estamos a gerir previa zero euros para intervenção na rede hidrográfica”. Em todo o país, este tipo de intervenções estão a ser financiadas com cerca de 60 milhões de euros.

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