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Conhecer as Forças Armadas é “mais-valia” para os jovens
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Conhecer as Forças Armadas é “mais-valia” para os jovens

Braga

2020-01-21 às 06h00

Patrícia Sousa Patrícia Sousa

Cerca de 150 jovens bracarenses cumpriram ontem o Dia da Defesa Nacional no Regimento de Cavalaria (RC) n.º 6. Durante o dia, os jovens nascidos em 2001 participaram em inúmeras actividades.

Citação

Baptismo da viatura pandur 8X8, visita à exposição de equipamento, armamento e viaturas, visita às cavalariças regimentais, assistir à formatura geral na parada ‘Mouzinho de Albuquerque’ e palestras pelos parceiros do Ministério da Defesa, nomeadamente, da GNR e da Protecção Civil, são algumas das actividades que os jovens participam no Dia da Defesa Nacional. Ontem, foi a vez dos jovens bracarenses cumprirem a missão no Regimento de Cavalaria (RC) n.º, confessando que conhecer as Forças Armadas é uma “mais-valia”.
Entre os cerca de 150 jovens bracarenses, Bruna Novais mostrou-se entusiasmada com a ‘aventura’. Acabada de fazer o baptismo da viatura pandur 8x8, a jovem de Passos S. Julião confessou que “é completamente diferente” ver uma viatura na televisão e ao perto. “Pensava que as viaturas eram muito maiores e que atingiam maiores velocidades”, contou a jovem, assumindo que “também não sabia que o país tem tanta área marítima”. Ansiosa por “pegar” numa arma, Bruna Novais admitiu que dos três ramos das Forças Armadas a Força Aérea é que apreciou mais.

De S. Lázaro, Tomás Campos defendeu a importância de participar no Dia da Defesa Nacional para os jovens “conhecerem melhor as Forças Armadas e terem noção dos recursos que o país tem”. Surpreendido também com “a grande área marítima” que Portugal tem, Tomás Campos destacou ainda o facto desta ‘missão’ ser “muito importante para despertar interesse nos jovens nesta área”. Mas não foi o caso de Tomás, porque está focado nos estudos.
Petra Ferreira é natural dos Açores, mas está a estudar Ciência Política na Universidade do Minho. “Já tenho 21 anos, mas só vim agora cumprir o dia. Estou a achar muito interessante, sobretudo, a parte marítima, já que temos de dar primazia à história de Portugal”, referiu a jovem, que não ficou surpreendida com muita da informação partilhada, porque já tem conhecimentos no âmbito do curso que está a fazer.

Petra Ferreira enalteceu ainda o facto de Portugal estar “muito à frente” ao incluir mulheres no Dia da Defesa Nacional, bem como nos cargos militares e políticos. Sobre o futuro, a jovem vê-se a integrar eventualmente a GNR ou PSP. “Mas seria sempre para funções ao nível de escritório, não trabalho de campo”, confidenciou.
Outros dos jovens que tinha acabado de andar na viatura pandur 8x8, Pedro Martins admitiu que estava a ser “uma actividade nova e muito diferente”, por isso, estava a “acrescentar muito à experiência de vida”. Vindo da freguesia de S. Victor, Pedro Martins estava à espera que fosse um dia com mais actividade física e treino, mesmo assim estava a considerar “uma experiência muito interessante”. Apesar de estar focado na licenciatura, o jovem não colocou de parte ingressar na Força Aérea.

Jovens desafiados a viver dinâmica militar durante dois dias

Até ao final do ano, cerca de 11 mil jovens dos distritos de Braga, Viana do Castelo e Porto vão passar pelo Regimento de Cavalaria (RC) n.º 6, no âmbito do Dia da Defesa Nacional. Dado o feedback positivo dos jovens, o Ministério da Defesa vai avançar com uma experiência-piloto. “O RC6 está disponível para participar nesta experiência-piloto de prolongar a vivência na base militar com participação nas várias dinâmicas”, avançou ontem, o comandante do RC6, coronel de cavalaria Miguel Freire, assegurando que acção avança já em Fevereiro.

O comandante do RC6, que falava durante uma visita do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, aos cerca de 150 bracarenses, que participavam no Dia da Defesa Nacional, referiu que os jovens que têm participado nesta iniciativa têm revelado nos inquéritos “a predisposição de ter mais um dia, dois, três ou até uma semana para vivenciar as dinâmicas militares”.
Ainda a propósito do Dia Nacional da Defesa, o comandante do RC6 destacou a evolução que aconteceu nas últimas três gerações. “A obrigação militar dos jovens de hoje é um dia passado numa unidade das Forças Armadas. Mas nem sempre foi assim, a geração dos pais cumpriu serviço militar obrigatório de seis a 18 meses, consoante a época, e a geração dos avós teve a combater em África, a matar e a ver morrer. Esta evolução só tem que nos fazer sentir orgulhosos”, referiu o coronel de cavalaria.

O Estado, ainda nas palavras do comandante, “não tem que estar a pedir aos jovens para pegar em armas e ter que ir para a guerra e isso é um avanço civilizacional tremendo”. Mas isso, continuou o responsável, “não significa que a paz é um dado adquirido, logo têm que ser mantidas as Forças Armadas”.
Mas as Forças Armadas continuam a viver com o problema do recrutamento. “Como não é obrigatório, nem toda a gente está predisposta a servir o país. Mas hoje, o serviço militar permite experiências enriquecedoras e temos militares a cumprir missão em teatros de operações, nomeadamente na República Centro-Africana e no Afeganistão e isso é motivador, porque alarga horizontes e faz crescer como pessoas e militares”, disse.

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