Correio do Minho

Braga, terça-feira

- +
Sócrates Tem de Morrer: A Vida de John Smith em estreia absoluta no Vila Flor
Eleições: Contagem dos votos dos emigrantes arrancou a cargo de 700 cidadãos

Sócrates Tem de Morrer: A Vida de John Smith em estreia absoluta no Vila Flor

Associação Vida Independente alarga capacidade de resposta

Sócrates Tem de Morrer: A Vida de John Smith em estreia absoluta no Vila Flor

Vale do Ave

2018-02-23 às 06h00

Isabel Vilhena Isabel Vilhena

A vida de John Smith tem estreia marcada para amanhã, no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, e mostra o olhar do encenador Mickaël de Oliveira sobre a eterna necessidade de "sermos obrigados a criar monstros, para termos os nossos heróis".

Citação

O jovem dramaturgo e encenador, Mickaël de Oliveira, leva à cena, este fim-de-semana, em Guimarães o díptico de peças ´Sócrates Tem de Morrer. O 1.º episódio, A Morte de Sócrates sobe, esta noite, ao palco do Centro Cultural Vila Flor (CCVF), e amanhã à mesma hora, Mickaël de Oliveira apresenta A Vida de John Smith, o 2.º episódio do díptico.
Neste episódio, Paulo, Pedro, Maria, Ana e Sócrates (reencarnado em John Smith) acordam de um longo sono, num Museu de História Natural. São despertados por três membros da Academia de almas reencarnadas: Aquela (Miguel Moreira), Aquele (Pedro Gil) e Aqueloutro (John Romão) que se encarregam de lhes apresentar o mundo que emergiu da utopia desenhada no 1.º episódio: uma comunidade definida pela primazia da alma em relação ao corpo. Neste novo planeta, surgem também os outros, as almas mal reencarnadas, uma espécie de mortos-vivos (os maus).
Sócrates reencarna na modernidade, na pele de John Smith, para descobrir com os companheiros como se concretizou o mundo ideal que projectou no primeiro capítulo.
Mickaël de Oliveira explica que todo o processo se baseia naquela ideia de haver um monstro para ser sacrificado, que neste caso assenta numa nova sociedade que se fundou sobre alicerces de um grupo terrorista, como se o terrorismo tivesse vingado, e os pais dessa utopia são acordados para ajudar a resolver o problema que existe noutro planeta, algures no futuro. A academia são os filhos das personagens da primeira parte do John Smith pede aos antigos terroristas para continuar a matança, justificando que a sociedade não é perfeita o suficiente e torna-se necessário eliminar a nova ameaça.
Para o encenador é uma paródia séria onde existe este ícone do morto-vivo que tem que ser morto e todo o debate que se gera à volta disto. Percebe-se aqui uma ideia de pequenas comunidades divididas e opostos.
A vida de John Smith emerge das múltiplas vivências de Mickaël de Oliveira, depois de ter passado uma temporada nos Estados Unidos, onde tomou conhecimento de algumas questões muito fortes que se relacionam com a linguagem daquilo que se pode ou não dizer. Há o lado moral que cada comunidade tem para se reger e exacerba-se, ou seja, os grupos tornam-se mais fortes.
Nesta escalada, o diálogo e a compreensão é cada vez mais essencial, defendeu o encenador e dramaturgo.

Deixa o teu comentário

Banner publicidade

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho