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“É preciso legalizar o Natal como o nascimento de Jesus”
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“É preciso legalizar o Natal como o nascimento de Jesus”

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“É preciso legalizar o Natal como o nascimento de Jesus”

Braga

2017-12-17 às 06h00

José Paulo Silva José Paulo Silva

PARÓQUIA de Priscos quer que o Presépio Vivo signifique igualdade e inclusão. A inserção social de reclusos e a construção de um centro de dia para idosos nasceram com este projecto comunitário.

Citação

Um acampamento militar romano é uma das novidades da edição deste ano do Presépio Vivo de Priscos. A nova encenação ocupa um terreno adquirido recentemente pela paróquia, com o apoio da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal, e pretende, segundo o padre João Torres, pároco de Priscos, “alertar para um mundo produtor de desigualdades, em vez de gerador de igualdades”, que vive entre “o drama da guerra e a profecia da paz”.

O sacerdote mentor do Presépio ao Vivo de Priscos justifica esta organização colectiva com o propósito de “manter viva a memória do nascimento de Jesus Cristo na nossa cultura”, centrando o Natal neste facto histórico.

“É preciso legalizar o Natal como o nascimento de Jesus”, afirmou João Torres, salientando que, ao longo do ano, o paróquia de Priscos tenta cumprir a mensagem do Natal, nomeadamente com a inclusão de reclusos do Estabelecimento Prisional de Braga na construção e manutenção do Presépio. “Investimos nos reclusos para eles poderem nascer de novo”, declarou o sacerdote ao Correio do Minho, lembrando que 21 presos estiveram envolvidos no Presépio, nos últimos três anos, mercê de um protocolo com a Direcção Geraldos Serviços Prisionais.
“O Natal deve-nos incomodar. Não é fácil ir ter com quem sofre”, acrescentou João Torres, que revelou estar “muito próximo de abrir” o Centro de Dia do Centro Social Paroquial de Priscos, obra para a qual têm sido canalizadas algumas receitas obtidas com a organização do Presépio.
A entrada no Presépio ao Vivo de Priscos é gratuita, mas quem quiser evitar as longas filas que se formam aos sábados e domingos pode optar pela ‘entrada solidária’ no valor de cinco euros a favor da actividades sociais promovidas pela paróquia.

O arcebispo primaz de Braga, D. Jorge Ortiga, entende que o Presépio Vivo de Priscos deve ser aproveitado para “comunicar uma mensagem de Natal”.

“O Natal não é apenas um acontecimento que passou, é uma semente para interpelar os cristãos e os católicos para que assumam a responsabilidade de serem sinal de um mundo mais humano e mais justo”, declarou o prelado, adiantando que “no meio de tantas e tantas injustiças que hoje existem, de tantas interrogações e de tantos enigmas, o cristão deveria poder dizer, através da sua presença, amor e concórdia, que é possível construir um mundo diferente”.
O presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, apontou a dimensão económica e turística do Presépio Vivo de Priscos, evento que atrai mais de 100 mil visitantes em cada uma das suas edições, muitos deles fora da cidade de Braga.

“Cartão de visita do concelho nesta quadra natalícia”, o Presépio Vivo de Priscos “tem uma dimensão também muito importante: o envolvimento comunitário de centenas de bracarenses, de várias freguesias, para tornar viável um projecto que é único a nível europeu e referência a nível mundial”, acrescenta o autarca.
Ontem, o Presépio Vivo de Priscos conquistou mais um reconhecimento ao receber a primeira visita de um Presidente da República.

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