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Braga

2017-05-24 às 10h10

Rui Serapicos Rui Serapicos

No imóvel da Avenida Central que se encontra classificado pela portaria n.º 665/2012 como Monumento de Interesse Público, em 1720 o então arcebispo de Braga D. Rodrigo Moura Teles adquiriu, casas contíguas à capela de São Gonçalo, que já desde o século XVII existia com confraria. A 25 de Abril de 1722 inaugurava-se a instituição. O livro ‘Oração, Penitência e Trabalho. O recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo de Braga (1720-1834), que se apresenta sábado, às 15 horas, no Palácio do Raio, explica-nos a autora — Marta Lobo de Araújo, chama a atenção para aquela instituição de clausura feminina que tinha como objectivo principal, “no período estudado, retirar mulheres de uma vida considerada pecadora e convertê-las”.

Citação

No imóvel da Avenida Central que se encontra classificado pela portaria n.º 665/2012 como Monumento de Interesse Público, em 1720 o então arcebispo de Braga D. Rodrigo Moura Teles adquiriu, casas contíguas à capela de São Gonçalo, que já desde o século XVII existia com confraria. A 25 de Abril de 1722 inaugurava-se a instituição.
O livro ‘Oração, Penitência e Trabalho. O recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo de Braga (1720-1834), que se apresenta sábado, às 15 horas, no Palácio do Raio, explica-nos a autora — Marta Lobo de Araújo, chama a atenção para aquela instituição de clausura feminina que tinha como objectivo principal, “no período estudado, retirar mulheres de uma vida considerada pecadora e convertê-las”.

“Foi através das porcionistas [pagavam para ali se educarem] que [o recolhimento] cresceu, principalmente em finais do século XVIII e começos do seguinte”, revela a investigadora e professora da Universidade do Minho, que buscou o quotidiano, as relações de poder e de conflitualidade que ocorreram naquele espaço, onde mulheres se governaram em recolhimento.
Marta Lobo consultou arquivos em Braga, em Lisboa e fontes impressas.

“Todas as mulheres que integravam o recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo submetiam-se a um programa de reforma moral e espiritual, composto à base da oração, da penitência e do trabalho”, acrescenta, justificando o título e salientando que esta obra analisa uma temática ainda “muito pouco trabalhada na historiografia nacional e mesmo internacional”, pois, adianta, estudos sobre recolhimentos para convertidas “são muito limitados”.

Marta Lobo deparou com casos de agressão e de expulsão, de gelosias para impedir o contacto físico com quem passava na rua.
A maioria das utentes eram velhas, quase sempre pobres, sem rendimentos. Pediam emprestado umas às outras. Há uma que empenha as vestes. Em menor número, também as há nobres e que pagam para estar lá, para salvaguardar a honra.

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