Correio do Minho

Braga, quinta-feira

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Doença Renal Crónica quando os rins começam a falhar

Os bobos

Voz à Saúde

2018-06-05 às 06h00

Joana Afonso Joana Afonso

ADoença Renal Crónica corresponde à perda de estrutura ou função dos rins de forma lenta, progressiva e irreversível, com implicações graves de saúde. Estima-se que, no nosso país, cerca de 800 mil pessoas sofram da doença, sendo que 14 mil se encontram já numa fase tão avançada que necessitam de tratamento por diálise e, destas, cerca de 5 mil são submetidas a uma cirurgia de transplante renal. De salientar que, um único rim, desde que saudável, é suficiente para assegurar uma normal função renal.
De entre as causas de Doença Renal Crónica encontram-se os quadros de: hipertensão arterial; diabetes mellitus; obesidade; inflamações dos rins (glomerulonefrites); rins poliquísticos; infeções urinárias recorrentes; níveis de ácido úrico elevados; toma de medicamentos desregrada como anti-inflamatórios ou antibióticos; doenças autoimunes como lúpus ou vasculites; aterosclerose. Podem, igualmente, coexistir fatores hereditários que favoreçam a sua instalação.

Numa fase inicial da Doença Renal Crónica os sintomas tendem a ser discretos e inespecíficos, fazendo com que possam ser desvalorizados, favorecendo a progressão e agravamento da doença. Quando esta se encontra num estádio mais avançado saiba que podem surgir sinais e sintomas como: diminuição da produção de urina; inchaço das mãos, pés e pernas que agrava ao longo do dia e ao redor dos olhos mais pronunciado nas primeiras horas da manhã; falta de ar; perda de apetite, enjoos ou mesmo vómitos; dificuldade em dormir; aumento da tensão arterial; cansaço superior ao habitual com fadiga recorrente para esforços pequenos a moderados.
Desta forma, em caso de suspeita da doença, dada a sintomatologia ou pela presença dos fatores causais, deve recorrer ao seu Médico de Família, ele saberá como estabelecer o diagnóstico e orientar no sentido de evitar a progressão da doença. O diagnóstico será, facilmente, estabelecido através da realização de análises de sangue e urina, posteriormente, tendo em conta o quadro clínico e a necessidade de avaliar a origem do distúrbio, poderá ser necessária a realização de outros exames complementares.

O tratamento passará, inicialmente, pela imperiosa necessidade de mudança de hábitos de vida, nomeadamente, perda de peso, cessação tabágica, restrição do consumo de álcool, prática regular de exercício físico e dieta pobre em sal, concomitantemente ao tratamento farmacológico personalizado. A quantidade de líquidos que deve beber varia consoante o volume de urina eliminado diariamente, pelo que, se urinar muito terá necessidade de beber mais líquidos para repor a perda, se não conseguir urinar deverá beber pouca quantidade de líquidos de forma a evitar a sua retenção. Quando a doença se encontra num estádio muito avançado os rins já não satisfazem as necessidades do organismo, sendo necessário fazê-lo de forma mecânica através dos tratamentos de diálise.
Controle os fatores de risco e realize exames, periodicamente, sob orientação do seu Médico de Família.
Lembre-se, cuide de Si! Cuide da Sua saúde!

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