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As mulheres e a política

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As mulheres e a política

Ideias Políticas

2018-04-10 às 06h00

Francisco Mota Francisco Mota

A realidade sociopolítica do País evoluiu ao longo dos tempos, permitindo de uma forma justa e democrática a entrada das mulheres na vida pública e activa das suas comunidades. O acesso à cultura, aos lugares de decisão, à liberdade de escolha e à própria educação configuram hoje uma conquista inabalável da mulher perante o mundo contemporâneo.
Actualmente a guerra dos sexos não é colocada na esfera da disputa de direitos, mas sim do mérito, da competência e da capacidade. Aliás o maior patrocínio que podemos dar à descriminação feminina é considerar que a mulher tem que encontrar mecanismos ou imposições legais para garantir a sua participação ou presença em qualquer lugar.
Irá estar em discussão na Assembleia da República uma nova lei sobre a paridade. Parece que há uma loucura desenfreada de feminismo e de radicalismo imposto que preenche de incoerência as vontades e as capacidades da própria mulher.
Mulheres são políticas, assim como muitos homens também são, e que fique claro que é assim que o elevador social deverá funcionar, sendo que nos mecanismos de eleição já estão mais do que seguros na representatividade feminina.

Aprovação da lei, proposta pelo Governo, pode vir ainda a colocar problemas de impossibilidade prática, na medida em que pode condicionar a liberdade democrática dos partidos ou de grupos de cidadãos que não conseguirem constituir listas em que 40% são obrigatoriamente mulheres, contraindo uma sanção de inelegibilidade.
O mérito e a as liberdades individuais devem ser uma garantia e não lugares garantidos. É necessário que o bom senso impere nesta matéria, sem nunca esquecer que o que é importante é garantir a igualdade jurídica, a igualdade salarial, a igualdade de tratamento, mas não quotas que apenas expressam radicalismo desenfreado.
Aliás, é de tal forma injusta esta imposição, que agora se quer legislar, pois existem sectores da sociedade, e bem, onde as mulheres já tem um papel preponderante e maioritário face ao homem. Seja na área da saúde, advocacia ou magistratura elas têm imperado e liderado pelas suas competências, conhecimentos e provas dadas nos exercícios das suas funções e não por carreirismo imposto por qualquer garantia de quota.
O maior respeito e admiração social que podemos ter pela mulher será sempre no reconhecimento do seu valor e nunca pela imposição do seu lugar.

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