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Ano novo... metas novas?

Os bobos

Ano novo... metas novas?

Escreve quem sabe

2019-01-08 às 06h00

Margarida Pereira Margarida Pereira

Achegada de um novo ano é sempre um momento marcante na vida de todas as pessoas. Com as dozes badaladas chegam os novos projetos, as novas metas que todos desejam alcançar ao longo do ano. Traçar novos objectivos é primordial para que haja sempre evolução, mas reflectir sobre o ano que passou é igualmente fundamental. Percebermos o que foi bem-sucedido, quais as apostas ganhas e, principalmente, o que poderemos melhorar, é “meio caminho andando” para que o ano que se inicia seja vitorioso.
Fomos rever as nossas crónicas de 2018 para percebermos os principais temas debatidos por nós e assim conseguirmos refletir sobre os mesmos. Começámos o ano a ansiar pelo “Eco-Parque das Sete Fontes, objetivo que ainda está longe de ser alcançado, apesar do edil bracarense afirmar que este ano serão dados “passos firmes” neste âmbito. Iremos continuar a realizar visitas ao Monumento Nacional, abrindo o ano com a quarta edição do “Apaixone-se pelas Sete Fontes”. Louvamos o facto do Presidente da CMB manter as Sete Fontes nas suas metas de 2019, pois demonstra que, apesar de serem escassas as visitas por parte do município ao monumento, este ainda não caiu em esquecimento.

O segundo ponto de destaque consideramos ser a Semana Santa de Braga. Um dos momentos mais importantes a nível cultural do quotidiano da cidade, é um excelente exemplo de como a tradição pode abraçar a modernidade. Falamos de tradições, cujos registos remontam ao século XVI e que no ano passado se enriqueceram com projetos atuais. “How can I help you?” foi um programa onde jovens bracarenses estavam nas ruas da cidade disponíveis para ajudar os turistas, que nos visitaram naqueles dias, a terem uma melhor experiência. Esta iniciativa deveria realmente ser replicada em mais momentos do ano, pois, como afirma fonte municipal, 2018 foi “o melhor ano turístico” em Braga. Outro projeto exemplar foi a integração da app “Minha Freguesia” na Procissão da Burrinha, uma forma de chegar a um público ainda maior e de unir tradição com as novas tecnologias.

O terceiro momento desta reflexão é o bom exemplo da Capela de Guadalupe que, este ano, restaurou o altar-mor, da autoria de André Soares. Com o apoio da comunidade e de algumas instituições, a Irmandade de Guadalupe cumpriu o antigo desejo de ver o altar restaurado, o que proporcionou a descoberta de novas cores no mesmo. Esta ação é um excelente exemplo de que tudo é possível desde que haja vontade e determinação. A cidade ganha “um novo local de atração” e a comunidade fica grata por este gesto altruísta que permitiu a conservação e valorização do património bracarense.

Não poderíamos terminar esta reflexão sem falar da Saboaria e Perfumaria Confiança. Depois de muita tinta correr sobre o destino daquele que é o único imóvel existente da antiga indústria bracarense, o mesmo continua incerto. Apesar da CMB querer vender o edifício municipal a privados, esta não é uma vontade universal. Foram muitos os cidadãos e entidades que se mostraram contra a alienação da Fábrica Confiança, e, mais uma vez, se comprovou que quando há uma comunidade ativa e participativa é possível fazer a diferença. Prova dessas ações foi a visita da Comissão da Cultura da Assembleia da República ao imóvel, o que voltou a dar esperança a um edifício que tinha o fim anunciado. O adiamento das decisões dá, neste caso, possibilidade da CMB repensar as ações tomadas no ano findo e, quem sabe, redimir-se atempadamente.

Ano novo é também sinónimo de novas ações, por isso, esperamos que 2019 seja um ano de contínua motivação cultural. Com uma maior e melhor programação no Altice Forum Braga, que ainda está fora da agenda cultural de muitos bracarenses, ao passo que o Theatro Circo está cada vez mais integrado na comunidade. Sugerimos, também, a criação de mais espaços culturais de média capacidade, pois é uma falha a colmatar na cidade. Desejar um ano de cultura significa ainda desejar um maior movimento associativo. É certo que a cidade tem vindo a crescer com as associações, mas é igualmente certo que pode ser feito mais e melhor! Os desafios estão lançados…veremos o que 2019 nos guarda.

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