O fim da alternância
Ideias Políticas
2018-11-27 às 06h00
43 anos depois o 25 de Novembro deve reescrever o seu propósito. A liberdade não é património de uns em detrimento de outros, muito menos uma guerrilha ideológica entre a esquerda e a direita. O desígnio da liberdade impera na tolerância, no respeito e nas opções de escolha de cada um. Quiseram limitar o país à doutrina da imposição e apenas a coragem e a valentia militar souberam elevar o compromisso com Portugal e a liberdade.
O pós 25 de Abril foi catastrófico, viveu-se um clima de perseguição à iniciativa privada e uma vontade clara de impor uma ditadura liderada pelo Partido Comunista Português.
Uma visão social do estado enviesava o futuro do país querendo com o PREC, determinar um modelo intervencionista e totalitarista sob a liderança da extrema esquerda em Portugal. Álvaro Cunhal quis ditar um regime que não o democrático e desde logo colocou a máquina internacional do partido comunista ao serviço do movimento que procurava dizimar a direita, tomar de assalto as empresas e nacionalizar tudo o quanto fosse possível. Rapidamente se iniciaram as perseguições à Igreja e a ocupação dos órgãos de comunicação social, como foi o caso da Rádio Renascença, por parte das forças extremistas.
Num clima de guerra civil, na manhã de 25 de Novembro, assistiu-se à tentativa de golpe de estado. Militares afectos à estrema esquerda, como os para-quedistas e outras unidades do COPCON, invadiram e tomaram conta das bases aéreas em volta de Lisboa, do depósito geral do material de guerra de Beirolas, do aeroporto e da RTP.
A valentia e a coragem da única unidade militar moderada organizada em lisboa, os comandos portugueses, contra-atacaram. Resultado, 3 mortos e 51 militares presos. Os comandos venceram e o COPCON foi dissolvido.
Assim se fundou uma democracia pluralista, política e economicamente baseada numa economia de mercado. Hoje, mais do que nunca, as novas gerações têm que se inspirar nos valores que moveram o 25 de Novembro. Se em abril conquistamos a liberdade em novembro conquistamos a democracia.
A história deve ser revista como aprendizagem e os actos de hoje devem ser olhados com o propósito do futuro. Não nos iludamos nem nos deixemos levar por um voluntarismo de propaganda de liberdade. Para eles a Liberdade é única; é a verdade sega de um comunismo que apenas é exequível naqueles que não sofrem nas suas mãos.
Não fosse o 25 de novembro e não nos tínhamos livrado de uma ditadura comunista.
19 Março 2024
19 Março 2024
Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.
Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.
Continuará a ver as manchetes com maior destaque.
Faça login para uma melhor experiência no site Correio do Minho. O Correio do Minho tem mais a oferecer quando efectuar o login da sua conta.
Se ainda não é um utilizador do Correio do Minho:
RegistoRegiste-se gratuitamente no "Correio Do Minho online" para poder desfrutar de todas as potencialidades do site!
Se já é um utilizador do Correio do Minho:
LoginSe esqueceu da palavra-passe de acesso, introduza o endereço de e-mail que escolheu no registo e clique em "Recuperar".
Receberá uma mensagem de e-mail com as instruções para criar uma nova palavra-passe. Poderá alterá-la posteriormente na sua área de utilizador.
Subscreva gratuitamente as newsletters e receba o melhor da actualidade e os trabalhos mais profundos.
Deixa o teu comentário